Rp – Você é conhecido como um central viril, impetuoso, mas de qualidades afirmadas, concorda?
Bruno Alves – Não concordo muito, acho que acima de tudo tendo partir o máximo de ossos possíveis do adversário, para que o jogo se torne mais fácil para a nossa equipa, quanto mais coxos melhor… Se é que me percebe! Impetuoso é o mariquinhas do Tonel! Eu sou bruto fo%d-se!!
Rp – A partir de que altura na sua vida percebeu que esse estilo de jogo o levaria a estar onde hoje está?
B.A. – É assim car#lho, eu sempre quis dar pancada em tudo o que mexe, percebi que se não fosse no futebol, ou noutro desporto, que poderia ser preso e tal… Ainda andei no Kickboxe mas fui expulso por conduta violenta, filhos da p#ta, então decidi apostar no futebol.
Rp – Nunca teve problemas na Escola, dados os seus instintos violentos?
B.A. – Raramente sabe, os professores já estavam avisados, se eu não tivesse boas notas levavam logo com uma “dupla patada” no pescoço, infelizmente só apliquei essa técnica duas vezes, no primeiro dia de aulas e mais tarde com um professor substituto que ainda não sabia como as coisas funcionavam naquela escola…
Rp – Outra das qualidades do Bruno são os livres directos! Bem colocados e com extrema força bruta, qual o seu segredo?
B.A. – Ora, antes de bater os livres concentro-me muito, deixo de ver a bola, passo a ver uma perna de um adversário, que como é óbvio, tenho de acertar com a máxima força possível, o resto é o resultado do trabalho de casa com os vídeos fod#-se!
Rp – Como assim? Vê os movimentos de especialistas na cobrança de livres directos?
B.A. – Não homem, vejo os filmes do Bruce lee, Chuck Norris, ultimamente estou a gostar muito dos novos James Bond, têm mais acção, mais pancadaria, e como são recentes os árbitros ainda têm dificuldade em saber que aquilo é falta.
Rp – Não era também um adepto do Van Damme?
B.A. – Sim, mas por exemplo, aí há uns tempos mandei uma sapatada num gajo qualquer, ao estilo do Van Damme, saltei atrás dele, e mandei-lhe uma pezada nas costas, fiquei desiludido porque o arbitro marcou falta, desde então tenho tentado novas técnicas, sem nunca desprezar os grandes clássicos da arte de partir ossos!
Rp – E as cotoveladas Bruno?
B.A. – Ah, isso é o resultado de ensinamentos do meu mentor, o Paulinho Santos, e de alguns filmes também do Steven Segal, estou a deixar crescer o cabelo para o imitar no penteado, acho que assim terei mais estilo quando cotovelar o maxilar de alguém! Toma cabr#o!
Como referi, esta entrevista foi efectuada há dois meses, no entanto, cheguei à conversa ontem com o Bruno Alves para o felicitar na vitória sobre a Académica e não pude de deixar de lhe perguntar o que ele tinha achado da entrada violentíssima do jogador de Coimbra Sogou sobre Fernando, que lhe valeu o cartão vermelho, visto ter reparado que todos os colegas do Porto partiram para cima de Sogou, enquanto Bruno Alves estava extremamente calmo e até trocou umas palavras com o mesmo:
Bruno Alves – Sim, fui aconselha-lo, disse que devia ter saltado um pouco mais atrás, para a entrada ter um pouco mais de poder, só assim conseguiria partir a perna do Fernando, dei-lhe o meu contacto para quando precisasse de conselhos, sou um jogador que gosta de ajudar o próximo… Fod#-se...